Luís Tomé diz que Trump pretende "capitalizar" com um "Irão fragilizado", através de negociações

Joana Ramalho | 16 de Junho de 2025 às 23:57
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Luís Tomé

Segundo o especialista em Relações Internacionais, Trump pretende manter uma posição de mediador, de "homem da paz e até de moderado daquilo que Israel poderia fazer", enquanto pode capitalizar com um "Irão fragilizado", através de negociações.

Luís Tomé, especialista em Relações Internacionais, foi o convidado do programa Guerra e Paz desta segunda-feira, que conta com o especialista Germano Almeida. "Até onde pode ir o conflito entre Irão e Israel?" foi a pergunta de partida desta edição.

Questionado por Germano Almeida sobre se a diferença entre as declarações do Secretário de Estado norte-americano Marco Rubio e do Presidente, Donald Trump, em relação ao envolvimento dos Estados Unidos no atual conflito no Médio Oriente, traduz "alguma contradição", Luís Tomé afirmou que sim, acrescentando que, "com esta administração, é o que estamos habituados a ver".

"O que parece claro desta súmula de contradições é que os Estados Unidos sabiam da operação. [Donald Trump] tinha conversado com o primeiro-ministro israelita e terá percebido que não podia impedir [o conflito], por muito que quisesse não conseguia, e que depois poderia até capitalizar. Parece que esta é a estratégia do Presidente Trump", vincou.

Segundo o especialista em Relações Internacionais, Trump pretende manter uma posição de mediador, de "homem da paz e até de moderado daquilo que Israel poderia fazer", enquanto pode capitalizar com um "Irão fragilizado", através de negociações.