Luís Vaz das Neves cessa declarações em tribunal por indicação do advogado em sessão de julgamento da Operação Lex
A defesa do ex-juiz entendeu as questões como redundantes. À saída, o advogado Miguel Matias garantiu que esta decisão não beneficiará nem prejudicará Vaz das Neves.
A manhã estava destinada aos esclarecimentos de Luís Vaz das Neves. Depois desta terça-feira o ex-juiz e antigo presidente do Tribunal de Relação de Lisboa ter feito uma longa declaração inicial sobre os factos e ter sido sujeito ao contraditório, esta quarta-feira a audiência foi interrompida.
A defesa de Vaz das Neves sugeriu que o arguido terminasse as declarações em tribunal, não respondendo aos pedidos de esclarecimento. A justificação dada pela defesa centra-se no entendimento que as questões do Ministério Público não tocaram no objeto do processo e são redundantes.
“O doutor Vaz das Neves depôs durante um dia inteiro. Esclareceu minuciosamente as razões que presidiram as três distribuições que estão aqui em casa, respondeu às perguntas do Ministério Público e do Tribunal e entendi que, a partir desse momento, outras perguntas seriam redundantes", explicou o advogado Miguel Matias.
À saída, Miguel Matias enfatizou ainda que Vaz das Neves foi o único dos 16 arguidos a falar nesta fase do processo.
A presença de uma das testemunhas agendadas para a tarde em tribunal permitiu a que a sessão prosseguisse. A funcionária judicial Teresa Costa foi ouvida ainda da parte da manhã.
A Operação Lex envolve membros da magistratura e do futebol como Luís Filipe Vieira. Em causa estão crimes de corrupção, abuso de poder, branqueamento de capitais e fraude fiscal.