Macron criticado por reconduzir Lecornu para cargo de primeiro-ministro
Tanto à esquerda como à direita, foram anunciadas intenções de apresentar uma moção de censura ao Governo.
A decisão de reconduzir Sébastien Lecornu a primeiro-ministro pode estar condenada. À esquerda, voaram críticas em direção ao líder francês, Emmanuel Macron.
“Ao ritmo a que as coisas estão a decorrer, e nas condições em que nos encontramos hoje, [...] podem estar certos de que não há qualquer garantia de que não faremos censura. Estamos sempre dispostos a fazer com que os franceses sejam respeitados”, disse Olivier Faure, líder do Partido Socialista francês.
Martine Tondelier, líder do Partido Ecologista, também apontou críticas.
“Temos a impressão de que, quanto mais tempo ele está sozinho, mais rígido se torna na sua posição inicial. Se vos digo que estou muito preocupada, é porque sinto que isto vai acabar muito mal”, afirmou.
Na segunda-feira, o partido de extrema-esquerda, França Insubmissa, irá apresentar no parlamento uma proposta para uma moção de censura do Governo.
Numa publicação na rede social x, Manuel Bompard referiu também que o partido irá apresentar uma nova moção para a destituição do Presidente da República francês.
Do lado oposto do hemiciclo, o partido União Nacional, de Marine Le Pen, apontou também o dedo a Emmanuel Macron, na voz de Jordan Bardella.
“O segundo Governo de Lecornu, nomeado por um Emmanuel Macron, cada vez mais isolado e desconectado, é uma piada de mau gosto, uma vergonha democrática e uma humilhação para os franceses. O partido União Nacional irá, naturalmente, censurar este governo sem futuro, cuja única razão de ser é o medo da dissolução, por parte do povo”, disse.
Também à direita, o partido União dos Democratas pela República também defende uma moção de censura ao governo de Lecornu.
França enfrenta uma crise política que se adensa cada vez mais.