IRS
Os ganhos mais expressivos verificam-se nos salários mais elevados.
Mais dinheiro no bolso dos portugueses já a partir deste mês, mas atenção às contas do próximo ano fiscal. É uma consequência da redução das taxas de retenção mensal de imposto que acontecem em agosto e setembro.
Em outubro, os descontos voltam a subir. Vão ficar regularizados e no próximo ano os reembolsos também devem diminuir.
Desta forma, as famílias vão ver, nos seus ordenados de agosto e setembro, uma redução do valor descontado em IRS. A poupança varia consoante o rendimento, mas em média deverá ser de 130 euros em cada mês.
As novas tabelas de retenção, aplicadas com efeitos retroativos a agosto, aumentam o rendimento líquido dos trabalhadores.
Quem recebe até 1136 euros brutos por mês fica agora totalmente isento de IRS, o que significa mais dinheiro disponível já a partir deste mês.
Na prática, um trabalhador solteiro, sem dependentes, com salário de 1500 euros, passa de 1149 euros líquidos em julho para 1327 euros em agosto e setembro. Em outubro estabiliza nos 1154 euros.
Um casal com um dependente e salário bruto de 4500 euros passa de 2733 euros líquidos para 3760 euros em agosto e setembro, o que corresponde a mais de mil euros de diferença.
Apesar deste alívio imediato, muitos dos contribuintes poderão ter menos reembolso em 2026 ou até enfrentar um pagamento adicional, já que parte do benefício está a ser antecipado mês a mês.
A redução fiscal nestes meses é uma forma de o Governo devolver o imposto que foi retido a mais desde o início do ano, tendo em conta as novas taxas de IRS.