Mais dois agentes da PSP constituídos arguidos no caso de Odair Moniz

Constança Santos | 15 de Outubro de 2025 às 12:15
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Odair Moniz

Até agora, apenas o polícia Bruno Pinto respondia em tribunal, pelo crime de homicídio.

Dois dos polícias que eram testemunhas no caso de Odair Moniz estão acusados de terem mentido à Polícia Judiciária (PJ), depois de terem dito nos depoimentos que encontraram uma arma branca debaixo do corpo de Odair.

Para o Ministério Público (MP), nenhum dos depoimentos prestados pelos dois agentes corresponde à verdade, uma vez que a faca referida por ambos não estava debaixo do corpo de Odair Moniz. As declarações são também contrariadas tanto pelas imagens recolhidas no local como por outros testemunhos, segundo considera o MP.

O cidadão cabo-verdiano foi baleado pelo polícia Bruno Pinto na madrugada de 21 de outubro de 2024, perto de há um ano atrás.

Segundo o despacho de acusação, todos os meios de prova reforçam a conjetura de que o punhal foi colocado propositadamente no cenário do crime, o que coloca em hipótese a possibilidade de a arma branca não pertencer ao cabo-verdiano.

O agente que fez os disparos afirma que, durante a perseguição, viu Odair Moniz a levantar a camisola com o claro intuito de agarrar algum tipo de objeto contundente.

O julgamento do caso de Odair Moniz, previsto para começar a 15 de outubro, foi adiado para o dia 22 do mesmo mês. O atraso de uma semana deve-se a uma declaração de baixa médica apresentada pelo advogado que defende o polícia.