Marcelo confirma posse do novo Governo para quinta-feira e mantém reserva sobre presidenciais

| 04 de Junho de 2025 às 14:30
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Marcelo Rebelo de Sousa

Sobre eventuais mudanças na composição do Executivo, o Presidente recusou fazer previsões. “Não espero nada. Tenho que esperar para ver”. Ainda assim, deixou antever que os secretários de Estado deverão tomar posse na sexta-feira.

O Presidente da República confirmou esta quarta-feira, à margem de uma visita à Feira do Livro de Lisboa, que o novo Governo tomará posse esta quinta-feira ao final da tarde.

“Em princípio, devo receber o senhor primeiro-ministro hoje à tarde e, obviamente, entre a formação do Governo ou o jogo de Portugal, a formação do Governo era mais importante”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa, referindo-se à audiência com Luís Montenegro prevista para depois de almoço.

O Chefe de Estado revelou ainda que a cerimónia de posse deverá decorrer “ao fim da tarde de amanhã”, embora admita que os detalhes só serão conhecidos após o encontro com o primeiro-ministro. “Não sei ainda bem se é só ministros, se é ministros de Estado (…) provavelmente é só ministros”, acrescentou.

Questionado sobre se já recebeu os nomes dos novos governantes, Marcelo disse que “não, vou receber o senhor primeiro-ministro depois de almoço. Agora vou dar uma volta na Feira”.

Sobre eventuais mudanças na composição do Executivo, o Presidente recusou fazer previsões. “Não espero nada. Tenho que esperar para ver”. Ainda assim, deixou antever que os secretários de Estado deverão tomar posse na sexta-feira.

No plano político, Marcelo Rebelo de Sousa voltou a recusar pronunciar-se sobre a corrida às eleições presidenciais de 2026, reafirmando a necessidade de manter neutralidade institucional.

“Eu não me pronuncio sobre essa matéria, já sabem, nem me vou pronunciar. Daqui até à eleição, que é em Janeiro — espero que 18 de Janeiro, nem sequer fixei a data —, a função do Presidente da República é ser rigorosamente neutro”, sublinhou.

Confrontado com a ideia de que a experiência política deveria ser um critério fundamental para a eleição presidencial, Marcelo considerou que tal comentário configuraria uma tomada de posição.

“Isso é uma forma de eu me pronunciar sobre as posições de vários candidatos. Eu não posso. Não posso, não posso”.

Recordando as suas próprias campanhas eleitorais, o Presidente assinalou que “cada candidato puxa pelos seus galões”, destacando qualidades que considera distintivas. “Outros dirão exatamente o oposto ou diferente. E o Presidente que está em funções não deve pronunciar-se sobre nada disso”, disse.

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Marcelo Rebelo de Sousa