Presidente foi operado a uma hérnia na última segunda-feria.
Marcelo Rebelo de Sousa saiu esta quarta-feira do hospital sorridente, bem disposto, e fez questão de elogiar o Serviço Nacional de Saúde. O Presidente da República deixou também palavras de agradecimento ao pessoal médico e a todos os trabalhadores do Hospital de São João.
"Queria agradecer a este hospital, à presidente do conselho de administração, à direção e aos 8.500 trabalhadores a forma dedicada como me receberam e trataram. Pude verificar a excelência do hospital e do SNS. O SNS está de parabéns do ponto de vista do agradecimento do Presidente e do cidadão Marcelo Rebelo de Sousa", começou por dizer, numa declaração aos jornalistas. "Mesmo com os problemas que o SNS tem, os portugueses devem-lhe uma função inestimável. É uma grande conquista da democracia, mas precisa de ser apoiada."
O Chefe de Estado, que foi operado na última segunda-feira a uma hérnia, explicou que o problema é comum na sua família. Ele próprio vai já na quarta cirurgia. Depois, recordou o que aconteceu na segunda-feira. "O dia começou em Lisboa e em seguida fui a Amarante. Na vinda para o Porto senti uns sintomas que eram um pouco estranhos e difíceis de explicar. Mas com experiência que tenho de de hérnias... Era uma hipótese."
No hospital a equipa médica decidiu operar "ao que dizem com sucesso". "Sinto-me bem, até cessar as minhas funções de Presidente a minha saúde é um bem público, depois será privado", frisou Marcelo, recordando algumas das visitas que teve - como o primeiro-ministro, Luís Montenegro, e o presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco - sem que todavia tivesse deixado de trabalhar. "Aproveitei para promulgar alguns diplomas, vou agora para Belém. Foram adiadas duas visitas de Estado, uma delas envolvia quatro dias de deslocação daqui a uma semana, a Espanha. Pareceu prudente. A recuperação exige algum cuidado do ponto de vista alimentar e de exercício. A outra, à Santa Sé, fica adiada."
O Presidente da República foi sujeito a uma intervenção cirúrgica na última segunda-feira a uma hérnia encarcerada, depois de sentir uma indisposição quando regressava de Amarante, onde esteve no funeral de António Mota, empresário que liderou a Mota-Engil durante três décadas.