Frente a Frente
Frente a Frente no NOW, a deputada socialista criticou o anúncio da candidatura de Pedro Duarte à Câmara do Porto durante a reunião do Conselho de Ministros. Já André Coelho Lima defendeu que o PS é "o último partido do país" que pode apontar o dedo ao atual Governo.
Mariana Vieira da Silva (PS) e André Coelho Lima (PSD) estiveram Frente a Frente no NOW esta quarta-feira e comentaram a visita de Luís Montenegro ao mercado do Bolhão, no Porto, à margem de um Conselho de Ministros.
Note que o Partido Socialista acusou o primeiro-ministro de usar recursos públicos para sessões de propaganda política e de "confundir Estado com partido".
Mariana Vieira da Silva começou por criticar o anúncio da candidatura de Pedro Duarte à Câmara do Porto durante a reunião do Conselho de Ministros, uma vez que o fez "enquanto dirigente do PSD".
"No meio de uma reunião do Conselho de Ministros, uma pessoa, naturalmente não enquanto ministro mas enquanto militante do PSD, faz esse anúncio e depois segue-se uma espécie de briefing no meio do Mercado do Bolhão", criticou.
Mariana Vieira da Silva salientou ainda que tinham sido convocados militantes do PSD para "saudarem, abraçarem e cumprimentarem" Luís Montenegro no mercado.
"A informação e a forma como um governo deve tratar a comunicação quando está em período de gestão e quando há eleições marcadas é limitadíssima (…) o que nós assistimos hoje foi a utilização do Conselho de Ministros para campanha e isso considero muitíssimo incorreto", frisou Mariana Vieira da Silva.
Em resposta, André Coelho Lima defendeu que o PS é "o último partido do país" que pode apontar o dedo ao atual Governo, uma vez que "é um partido que tem como hábito confundir-se com o Estado".
"A certa altura já não se sabe onde é que acaba o Estado e começa o Partido Socialista, em todo o lado é um mau exemplo", disse.
Ainda assim, André Coelho Lima admitiu que Luís Montenegro deveria ter tido "mais cuidado".
"Acho que não custa reconhecer e não tenho dúvida de que o Governo doravante terá em atenção a polémica desnecessária que hoje foi criada", acrescentou.