Serviço Nacional de Saúde
O protesto deve avançar assim que forem publicados os diplomas que o Governo aprovou para reduzir o valor por hora a pagar a estes clínicos.
A crise na saúde em Portugal volta a ganhar destaque com a possibilidade de mais um protesto, nomeadamente dos médicos tarefeiros. Atualmente, estes clínicos asseguram grande parte das urgências do Serviço Nacional de Saúde (SNS). A indisponibilidade destes profissionais pode ter graves consequências.
No centro da polémica está um diploma que o Governo aprovou para disciplinar a contratação e reduzir o valor por hora a pagar aos médicos tarefeiros.
Para contrariar esta medida, segundo o jornal "Público", um grupo constituído por mais de mil médicos prestadores de serviços está a preparar uma paralisação geral, ou seja, vão recusar trabalho assim que o texto do diploma for conhecido.
A paralisação pode durar pelo menos três dias.
Estes profissionais sentem-se excluídos das decisões do Governo e estão preparados para defender sem receios e sem hesitações a valorização dos tarefeiros.
Recorde-se que nova legislação impede, por um período de carência até três anos, que um médico se desvincule do SNS para ser tarefeiro.
O valor por hora, segundo este grupo de tarefeiros, vai rondar os 20 euros para os médicos de clínica geral e 40 euros para especialistas.
Na audição parlamentar sobre o orçamento da saúde para o próximo ano, a ministra que segura a pasta desta área, Ana Paula Martins, revelou que o Governo pretende cortar 100 milhões de euros na despesa com médicos tarefeiros.
No entanto, esta poupança não está prevista para ser executada em 2026.