Microsoft não consegue recuperar emails de Fernando Gomes e Rui Manhoso na Federação Portuguesa de Futebol

Em março, a Polícia Judiciária realizou uma operação de buscas na sede da Federação por suspeitas de pagamentos de comissões indevidas na venda de um edifício na Federação.

A tentativa de recuperar os emails de Fernando Gomes e Rui Manhoso continua a não ser bem-sucedida. O NOW apurou que, mesmo depois do pedido feito à Microsoft, as comunicações do ex-presidente e do vice-presidente da Federação Portuguesa de Futebol não foram recuperadas.  

Foi em março, que a Polícia Judiciária (PJ) realizou uma operação de buscas na sede da Federação, em empresas e escritórios de contabilidade de advogados. Havia suspeitas de pagamentos de comissões indevidas na venda de um edifício na Federação, situado na rua Alexandre Herculano em Lisboa.  

No âmbito desta investigação, os inspetores procuraram os emails de Fernando Gomes e Rui Manhoso. No entanto, não estavam disponíveis nos servidores, o que levou o Ministério Público a contactar a Microsoft, para perceber a possibilidade de recuperação dos mesmos, mas a empresa de tecnologia não conseguiu recuperar os emails.  

A operação da Polícia Judiciária ocorreu no mesmo dia da tomada de posse de Fernando Gomes como presidente do Comité Olímpico. Na altura, o diretor nacional da PJ, Luís Neves, declarou publicamente que o ex-responsável da Federação não era suspeito na investigação. Paulo Lourenço, antigo secretário-geral da Federação, António Gameiro, ex-deputado do PS e os empresários Carlos Marques e José Alves Inácio foram constituídos arguidos.  

Entretanto, o NOW conseguiu perceber que um chefe de finanças é o novo arguido do caso. É suspeito de ter facilitado à empresa que comprou o prédio ‘Excellent Dimension’, facilidades no pagamento do imposto municipal sobre transmissões de imoveis- após a sociedade ter mudado a sede para aquele concelho.