Miguel Frasquilho diz que seria "gravíssimo" se Jerome Powell fosse influenciado por Donald Trump

| 01 de Agosto de 2025 às 00:33
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Guerra e Paz

O ex-secretário do Estado e do Tesouro Miguel Frasquilho foi o convidado do programa Guerra e Paz.

O ex-secretário de Estado do Tesouro e das Finanças Miguel Frasquilho foi o convidado do programa Guerra e Paz desta quinta-feira, que conta com Germano Almeida. O tema desta edição teve como questão de partida "Como ficam as contas dos Estados Unidos da América neste mandato de Trump?"

 Miguel Frasquilho foi questionado sobre como vê as declarações do presidente do banco central americano, Jerome Powell, que manteve as taxas de juro inalteradas apesar das exigências de Trump. O especialista respondeu que ele "está a fazer aquilo que está certo" e elogiou a coragem do presidente da Reserva Federal (Fed).

"Um banco central não pode deixar de ser independente. A partir do momento em que ele fosse influenciado por declarações de quem quer que fosse, mas mais grave ainda do Presidente da República, seria gravíssimo", explicou o especialista. 

Relembra que, "quando correu o boato de que Trump poderia despedir Jerome Powell, as taxas de juro subiram e os mercados acionistas desceram", o que foi apenas um exemplo daquilo que podia acontecer.

O antigo secretário de Estado disse que o despedimento de Powell da Fed colocava em causa o sistema monetário americano, que é ainda um "baluarte" da economia global. 

Recordou também que Jerome Powell foi nomeado presidente da Fed pelo Presidente americano, que questionou na passada quarta-feira quem tinha feito a nomeação. "[Trump] devia estar à espera que tivesse sido [Joe] Biden, mas não foi", concluiu Miguel Frasquilho.