Miguel Pinto Luz
Paula Braz Machado e Ricardo Ferreira Reis foram os nomes indicados e irão ocupar, respetivamente, os cargos de vogal e vice-presidente na administração da AMT.
Na tarde desta quarta-feira, o ministro das Infraestruturas e da Habitação de Portugal, Miguel Pinto Luz, esteve presente no NOW e falou sobre a polémica de ter nomeado dois gestores sem experiência profissional no setor dos transportes para cargos de relevo na Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT), entidade responsável pela regulação do setor.
Paula Braz Machado e Ricardo Ferreira Reis foram os nomes indicados e irão ocupar, respetivamente, os cargos de vogal e vice-presidente na administração da AMT.
"A professora Paula Machado é doutorada em Direito de Regulação, precisamente aquilo que é necessário para o exercício daquela função e é exatamente aquilo que é preciso nesta altura na Autoridade de Mobilidade e Transportes. Um reforço na área jurídica", começou por afirmar Miguel Pinto Luz.
O ministro das Infraestruturas reforçou de seguida que os reguladores não têm que ser especialistas no tema, mas sim na abordagem que fazem à regulação, neste caso, o Direito de Regulação.
Sobre o professor Ricardo Reis, diz ser uma enorme injustiça aquilo que foi dito sobre ele. "Trata-se de um professor, doutorado em economia e talvez, para não ser injusto para outros, a pessoa em Portugal que mais publicou sobre o tema da mobilidade e dos transportes", defendeu.
Miguel Pinto Luz refere ainda que o professor já fez a avaliação de tudo o que são sistemas de transportes e da viabilidade económica ou financeira dos sistemas de transportes.
"Inclusive ele tem propostas polémicas sobre como lidar com os PPPs e, portanto, os trabalhos académicos não são etéreos e não são desligados da realidade, são o contrário. São trabalhos que são publicados de acordo com aquilo que é a realidade das autoestradas nacionais, das PPPs nacionais", acrescentou.
Desta forma, o ministro das Infraestruturas garantiu que Ricardo Reis será uma pessoa que vai trazer à Autoridade de Mobilidade e Transportes "aquilo que é preciso hoje na área de Economia e que não tem ninguém."