Ministra do Ambiente assegura que apagão aconteceu em Espanha e afetou Portugal

Lusa | 03 de Outubro de 2025 às 17:21
Ministra assegura que apagão aconteceu em Espanha e afetou Portugal
Ministra assegura que apagão aconteceu em Espanha e afetou Portugal FOTO: Tiago Petinga/LUSA

O apagão ibérico de 28 de abril foi provocado por uma sucessão de desligamentos súbitos de produção renovável, e subsequente perda de sincronismo com a rede continental europeia, segundo o painel de peritos que investiga o incidente.

A ministra do Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalho, destacou esta sexta-feira que o apagão ibérico aconteceu em Espanha e afetou Portugal, uma conclusão que faz parte do relatório de peritos hoje conhecido, que a governante saúda.

“Há uma conclusão que para nós é clara e que fiquei contente por ouvir: não há dúvidas de que é um apagão em Espanha que afetou Portugal”, afirmou Maria da Graça Carvalho, em resposta aos jornalistas, à margem da cimeira ‘Portugal Renewable Energy’, em Lisboa, promovida pela APREN- Associação Portuguesa de Energias Renováveis.

O apagão ibérico de 28 de abril foi provocado por uma sucessão de desligamentos súbitos de produção renovável, e subsequente perda de sincronismo com a rede continental europeia, segundo o painel de peritos que investiga o incidente.

O relatório hoje publicado, elaborado por 45 especialistas de operadores de rede e reguladores de 12 países, classifica o incidente como de “escala 3”- o nível mais grave previsto pela legislação europeia — e descreve-o como “o mais significativo ocorrido no sistema elétrico europeu em mais de 20 anos”, afetando milhões de cidadãos e provocando perturbações graves em serviços essenciais.

De acordo com a análise da Rede Europeia de Gestores de Redes de Transporte de Eletricidade (ENTSO-E, na sigla em inglês), a sequência de falhas teve início às 12h32 (hora de Bruxelas), quando diversas centrais solares e eólicas no sul de Espanha se desligaram subitamente da rede, seguidas de perdas adicionais em regiões como Granada, Badajoz, Sevilha e Cáceres.

O relatório nota que as análises realizadas pelos centros de coordenação regionais na véspera do incidente não tinham identificado riscos significativos.