Ministra da Saúde recusa demitir-se depois de morte de grávida
A mulher era natural de Guiné-Bissau e já tinha ido ao hospital na quarta-feira, para uma consulta de rotina, na qual foi detetado um problema de tensão.
A ministra da Saúde recusou demitir-se do cargo, depois de uma grávida morrer depois do parto, na madrugada desta sexta-feira. Ana Paula Martins foi ouvida em parlamento esta sexta-feira para discutir Orçamento do Estado para 2026 e foi confrontada por uma deputada do Chega sobre a morta da mulher de 36 anos.
“Esta é uma matéria de natureza clínica e o INEM já nos deu todas as informações que consegue ter nesta altura”, declarou a ministra.
Ana Paula Martins lembrou que a Inspeção Geral de Atividades em Saúde já abriu um inquérito.
Em causa está a morte de uma grávida, na madrugada desta sexta-feira, depois do parto, no Hospital Amadora-Sintra. A mulher era natural de Guiné-Bissau e já tinha ido ao hospital na quarta-feira, para uma consulta de rotina, na qual foi detetado um problema de tensão. A utente foi referenciada para a Urgência de Obstetrícia, mas acabou por ter alta, com indicação para ser internada às 39 semanas da gravidez.
Pela meia-noite desta sexta-feira, acabou por ligar à linha de emergência 112 devido a um episódio de falta de ar. Foi transportada pelo INEM e deu entrada na Unidade Local de Saúde Amadora-Sinta às 1h50.
“A grávida não teve acompanhamento até à data em que entrou pela primeira vez no Hospital Amadora-Sintra, já com 38 semanas”, afirmou.