Ministro das Finanças defende que não há margem para aumento permanente das pensões

Inês Simões Gonçalves | 28 de Outubro de 2025 às 21:59
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Ministro das Finanças defende que não há margem para aumento permanente das pensões

De acordo com Miranda Sarmento, o aumento do saldo da Segurança Social que se verificou até agora é de cerca de 400 milhões.

O ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, em entrevista exclusiva ao NOW na noite desta terça-feira, disse que há três equívocos no que diz respeito ao aumento das pensões.  

Em primeiro lugar, Miranda Sarmento explicou que é errado que vai haver um aumento permanente das pensões, mas que vai haver um aumento no próximo ano.  

“O segundo equívoco é que não devemos usar saldos da Segurança Social, que servem para garantir a sua sustentabilidade, para aumentos extraordinários”, acrescentou.  

De acordo com o ministro, estes saldos “não transitam de um ano para o outro”, pelo que se estaria a criar despesa estrutural em 2026 sendo que o Orçamento desse ano não tem margem. 

“Os saldos da Segurança Social de cada ano servem para o Fundo de Capitalização da Segurança Social, para garantir as pensões a médio-longo prazo”. 

Já o terceiro equívoco referido pelo ministro diz respeito às declarações do secretário-geral do Partido Socialista, José Luís Carneiro. Segundo Miranda Sarmento, o líder do PS “referiu-se à execução de agosto da Segurança Social”, que, face ao mesmo período do ano anterior, tem um aumento no saldo de cerca de mil milhões de euros. 

No entanto, o ministro explicou que “desses mil milhões, 600 milhões são uma transferência da Administração Central para pagar o suplemento extraordinário das pensões que foi pago dia 8 de setembro, para reforçar a despesa do Complemento Solidário para Idosos e outras despesas”. 

“Aquilo que é efetivamente o aumento do saldo da Segurança Social que verificamos até ao momento é de cerca de 400 milhões”, concluiu.