Morreram 25 palestinianos num ataque israelita em Gaza
Há duas crianças de seis anos entre as vítimas mortais do ataque da madrugada desta segunda-feira, na Cidade de Gaza.
Na Cidade de Gaza, os palestinianos receberam um aviso de dez minutos para evacuar a cidade antes de um ataque israelita. Para alguns, esta não será a primeira vez que têm de abandonar tudo para salvar a vida.
"Para ser sincero, neste momento, não há lugar seguro para ninguém aqui. A área está cheia de deslocados, e muitas das estradas estão cobertas de escombros, impedindo a sua deslocação do local do bombardeamento para um local seguro. É assim que os palestinianos vivem o seu dia a dia aqui", relatou um palestiniano na Faixa de Gaza.
As palavras dos palestinianos não deixam margem para dúvidas: não há nenhum local seguro em Gaza. As forças de Israel estão a lançar ataques desde a meia-noite em diferentes zonas do enclave. Ao longo da noite, ocorreram explosões intermináveis de bombardeamentos.
Israel pediu aos palestinianos que se deslocassem para a zona que apelidam de segura, para escapar aos ataques. Pelo menos mais três pessoas foram mortas por disparos israelitas na zona de al-Mawasi.
Os palestinianos que foram deslocados pela ofensiva israelita no norte de Gaza para a alegada zona humanitária de al-Mawasi, no sul, dizem que enfrentam dificuldades insuportáveis na sua nova localização. No enclave vive a ideia de que até os animais podem ter uma vida melhor do que a de quem ali habita.
O Secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, aterrou em Israel na manhã de domingo. Numa conferência de imprensa esta segunda-feira, Washington garantiu o apoio a Israel.
Passaram quase dois anos desde o início da guerra e os israelitas não alcançaram nenhum dos seus objectivos militares. Também não apresentaram qualquer tipo de plano para o que irá acontecer após o fim da guerra.
O Qatar vai receber esta segunda-feira os líderes do mundo árabe e muçulmano em Doha para emitir uma resposta conjunta ao ataque israelita à capital na semana passada.