Faixa de Gaza
Mais de 800 perderam a vida perto de centros da Gaza Humanitarian Foundation, a principal fundação de ajuda humanitária em Gaza
Em três meses, já morreram mais de mil 300 palestinianos, em locais onde estavam à espera de receber ajuda humanitária. Os dados da ONU foram conhecidos no dia em que o enviado especial dos Estados Unidos ao Médio Oriente, Steve Witkoff, esteve em Gaza.
A visita de Steve Witkoff a Gaza durou cinco horas. É a primeira vez desde o início da guerra que um alto representante norte americano entra no conclave.
As primeiras imagens foram divulgadas na rede social X, pelo enviado norte-americano e mostram o representante do Governo dos EUA ao lado de funcionários do centro de Rafah e de vítimas da crise humanitária.
Nas redes sociais, disse que o objetivo da visita era "verificar os factos no terreno e averiguar as condições" do centro.
Antes da paragem em Gaza, Witkoff esteve ainda em Israel, numa reunião com o primeiro-ministro do país, Benjamin Netanyahu, para discutir o rápido declínio do esforço humanitário no conclave.
Segundo informações das Nações Unidas, mais de 1300 palestinianos já foram mortos, desde maio, enquanto esperavam por ajuda humanitária. Mais de 800 perderam a vida perto de centros da Gaza Humanitarian Foundation (GHF), como aquele visitado por Steve Witkoff.
A GHF é agora a principal fundação de ajuda humanitária em Gaza, tendo tomado controlo das operações de distribuição de ajuda no conclave em maio deste ano.
A agência de notícias “Al-Jazeera” relata que as pessoas começam a ver a fundação como símbolo de "manipulação e controlo".
Alemanha, França, Jordânia e Emirados Árabes Unidos já começaram a enviar ajuda humanitária por via aérea na região.
O Presidente francês, Emmanuel Macron, agradeceu aos parceiros na iniciativa, mas disse que não é suficiente e que Israel tem de autorizar a entrada de ajuda humanitária.
O ministro dos Negócios Estrangeiros alemão prometeu um reforço de quase 5 milhões de euros em ajuda à população palestiniana.