Esquema de imigrantes ilegais em Portugal
O líder do esquema está acusado de 186 crimes de auxílio à imigração ilegal.
O Ministério Público não sabe o número exato de pessoas que conseguiram entrar em Portugal, de forma ilegal, com um esquema montado por uma rede liderada por um cidadão indiano.
A promessa era agilizar a legalização de estrangeiros de forma rápida e sem entraves. Em contrapartida, o líder da rede recebia entre 2500 e 5000 mil euros por cada entrada.
Em 2018, o criador deste esquema conseguiu trazer para Portugal uma empresa com sede na Índia, que acabou pro ser desmantelada dois anos depois.
Cerca de 20 pessoas foram detidas, incluindo o cabecilha do esquema. Os restantes são também indianos que entraram no negócio a troco de dinheiro.
Também no esquema estavam envolvidos moradores de Lisboa que agora estão acusados pelos crimes de associação criminosa, auxílio à imigração ilegal e falsificação de documentos.
O Ministério Público disse que os clientes eram aliciados com promessas através de vídeos difundidos pela empresa indiana.
O cabecilha do grupo dizia que Portugal oferecia o passaporte "mais rápido que qualquer outro país" da União Europeia, ou até mesmo que os filhos dos imigrantes se podiam tornar portugueses em menos de um ano.
O líder do esquema está acusado de 186 crimes de auxílio à imigração ilegal.
As testemunhas, a troco de 25 a 30 euros, indicavam moradas falsas. Segundo o Ministério Público, o líder "diligenciou para que fossem nos processos junto do SEF inserida informação falsa, nomeadamente quanto à morada, procedendo ainda ao carregamento no sistema dos atestados de residência das juntas de freguesia, obtidos de forma fraudulenta com base em informação falsa".
Todos os arguidos neste processo aguardam julgamento em liberdade.