Mulher de 63 anos morreu hoje no hospital de Leiria, quatro dias após um médico do hospital de Alcobaça ter minimizado os seus sintomas de enfarte

| 13 de Março de 2025 às 20:13
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Maria Amélia Alfredo

A família da vítima pondera apresentar queixa contra as instituições de saúde, por negligência médica.

Maria Amélia Alfredo, de 63 anos, sofria de problemas cardíacos e de hipertensão há décadas. Na semana passada, deu entrada no Hospital de Alcobaça, queixando-se de dores fortes no peito, dormência no corpo e dores no fundo das costas.

Ao Correio da Manhã, a filha de Maria Amélia contou que o médico de serviço, sem realizar qualquer exame, descartou os sintomas da mulher e enviou-a para casa, com medicação para a ansiedade e o fluxo gástrico.

No domingo, as dores intensificaram-se e Maria Amélia contactou a Saúde 24. O INEM transportou-a para o hospital de Leiria, onde chegou pelas dez da manhã, e onde ficou até às oito da noite, sem comida, água ou a sua medicação diária.

Só na segunda-feira, quando uma médica consultou o resultado dos exames, por volta da hora de almoço, é que a mulher foi enviada para a área de emergência. Durante a visita, os médicos disseram aos familiares que Maria Amélia tinha chegado tarde demais e que tinha sofrido lesões irreparáveis no miocárdio.

A família está agora a aguardar o envio do relatório médico, por parte do hospital, e pondera, nos próximos dias, apresentar queixa contra os hospitais.

Questionada pelo Correio da Manhã, a Unidade Local de Saúde da Região de Leiria informou que iniciou um procedimento de averiguação interna, para aferir as circunstâncias do ocorrido, e que, consoante o que for apurado, serão tomadas as medidas que se considerem oportunas.