Nicolas Maduro vê encerramento do espaço aéreo venezuelano como tentativa de “colonialismo legal”

Nuno Gil Ferreira | 03 de Dezembro de 2025 às 21:36
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Nicolas Maduro vê encerramento do espaço aéreo venezuelano como tentativa de “colonialismo legal”

As declarações chegaram depois de os Estados Unidos terem cometido um possível crime de guerra, ao assassinar dois sobreviventes de um ataque no mar das Caraíbas.

Desde setembro que navios de guerra norte-americanos estão no mar das Caraíbas, sob o pretexto de combater o narcotráfico na Venezuela. Nicolás Maduro acusa agora o Tribunal Penal Internacional de “colonialismo legal”, ao encerrar o espaço aéreo venezuelano, a pedido dos Estados Unidos. 

Esta uma das mais recentes acusações a marcar o conflito, por agora diplomático, em que os dois países se encontram.  

O Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, está no poder desde 2013. Tem condenado os Estados Unidos pelas constantes ameaças, mas são vários os países do mundo não reconhecem a sua presidência. O próprio Presidente Donald Trump acusou Maduro de ser um ditador e de liderar redes de trafico de droga. Maduro considera que o verdadeiro interesse norte-americano são as reservas de petróleo não refinado venezuelanas — as maiores do mundo 

Uma outra figura central na cadeia de comando da Venezuela é Vladimir Padrino López. É o ministro da Defesa do Governo de Maduro, cargo que acumula com o de comandante-chefe das forças armadas venezuelanas. 

O facto de apoiar a presidência de maduro foi suficiente para que fosse banido da Colômbia e para que fosse sancionado por vários outros países.  

Se de um lado Maduro tem Lopéz, Donald Trump conta com Pete Hegseth. O ex-pivot da “Fox News” foi escolhido a dedo por Trump para a pasta de secretário de guerra, devido ao seu passado como militar no exército norte-americano.  

Hegseth fica responsável por toda a operação no mar das Caraíbas, incluindo que alvos abater. Recentemente, exigiu o assassinato de dois sobreviventes de um ataque norte-americano no mar das Caraíbas, o que pode vir a ser considerado um crime de guerra. 

Apesar das acusações de que tem sido alvo, no entanto, o presidente norte americano garante que o objetivo de toda a operação é o combate ao tráfico de droga. Por consequência, a operação poderia incluir a eliminação Nicolás Maduro, considerado por Trump o cabecilha de toda a rede de tráfico. 

O Presidente dos Estados Unidos confirmou que já houve uma conversa telefónica com Nicolás Maduro, mas não desenvolveu mais para além do facto de ter sido uma "boa conversa". 

O executivo norte-americano garante que não olhará a meios para garantir que o tráfico de droga seja erradicado do país de uma vez por todas.  

Caso Maduro decida, no entanto, abandonar a Venezuela, os Estados Unidos afirmam que existe um plano para que o ainda Presidente venezuelano seja capturado.