Guerra e Paz
O especialista destacou que, num comunicado conjunto, o Hamas, aFrente Popular de Libertação da Palestina e a Jihad islâmica dizem que não admitirão que o enclave seja governado por forças internacionais.
O especialista em geopolítica Germano Almeida, no programa Guerra e Paz, na noite desta sexta-feira, disse que, apesar de ser um bom sinal para o Médio Oriente, pode “trazer engulhos.
Germano Almeida começou por explicar que as forças de defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) começaram a sair de Gaza e lembrou que, no plano de paz de Donald Trump, consta que podem ficar apenas com 53% do controlo do enclave, para permitir o retorno da população e a entrada da ajuda humanitária.
“A ONU já avançou com as primeiras ajudas humanitárias desse acordo e Israel permitiu, ao contrário do que aconteceu noutros momentos e noutros acordos”, acrescentou.
No entanto, Germano Almeida destacou um “elemento preocupante”.
“O Hamas, agradecendo a Trump pelo plano, [...] diz que não permitirá que Tony Blair seja o líder da futura força política transitória em Gaza. É algo preocupante, porque o plano prevê que seja ele”, explicou.
O especialista destacou ainda que, num comunicado conjunto, o Hamas, a Frente Popular de Libertação da Palestina e a Jihad islâmica, “três organizações muitas vezes rivais na Palestina”, dizem que não admitirão que o enclave seja governado por forças internacionais.
“Isso ajuda a perceber que uma coisa são os festejos nos primeiros dias sobre o que pode vir de bom, mas outra coisa é perceber que nos próximos tempos, muitos engulhos e muitos problemas vão aparecer”, concluiu.