Nove em cada dez empregos ocupados por estrangeiros pagam até mil euros

Jornal de Negócios | 28 de Agosto de 2025 às 10:20
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Negócios

A agricultura é o setor que mais depende de imigrantes.

Têm mais segundos empregos, maior participação em atividade independente. Mais de metade trabalham no turismo, na construção, em atividades administrativas e em serviços de apoio, como trabalhos temporários. A grande maioria recebe salários brutos que não passam dos mil euros.

Num país com rendimentos relativamente baixos, os trabalhadores estrangeiros que contribuem para a Segurança Social distinguem-se por serem os mais mal pagos no país.

Nove em cada dez postos de trabalho ocupados por estrangeiros só pagam salários de até mil euros brutos. São 1,2 milhões de pessoas nesta situação, 87% total.

Segundo os dados detalhados que o Negócios solicitou ao Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, são então apenas 13%, ou 179 mil e 500 os empregos de estrangeiros que pagam acima dos mil euros.

A realidade dos trabalhadores com nacionalidade portuguesa, que ocupam quase quatro quintos do emprego, é relativamente melhor, com quatro em dez empregos a pagarem acima de mil euros. São 2,7 milhões de vínculos nesta situação, cerca de 60% do total.

Os dados de 2024 mostram ainda que o setor agrícola e da pesca é o que mais dependente de mão de obra estrangeira. Aqui, mais de 60% dos postos de trabalho são preenchidos por não nacionais.