ONU
Num comunicado na rede social X, o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Palestina apelou a uma intervenção internacional excecional e urgente para proteger os civis e travar a invasão israelita na cidade de Gaza.
A Organização das Nações Unidas (ONU) concluiu que Israel cometeu o crime de genocídio, após uma Comissão de Inquérito.
A comissão internacional independente de inquérito da Organização das Nações Unidas sobre os territórios palestinianos ocupados, incluindo Jerusalém Oriental e Israel, concluiu que Telavive realizou quatro dos cinco atos genocidas definidos pela convenção para a prevenção e punição do crime de genocídio criada em 1948.
Matar, causar danos físicos ou mentais graves, impor deliberadamente condições de vida calculadas para causar a destruição e impor medidas destinadas a impedir os nascimentos são as alavancas da condenação a Israel.
Em comunicado, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, já reagiu: rejeita a acusação e afirma que se esforça para evitar o número de baixas civis. Culpa, assim, o Hamas por ir além e colocar em perigo os palestinianos não afiliados ao grupo.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros de Israel, sem hesitar, afirma que o relatório provém de representantes do Hamas.
De acordo com a comissão, as declarações explícitas de autoridades militares, bem como um padrão de conduta por parte das Forças de Defesa de Israel indicam que os atos genocidas foram cometidos com a intenção de destruir os palestinianos na Faixa de Gaza.
O relatório foi publicado após uma investigação de quase dois anos por parte da comissão, desde o dia 7 de outubro de 2023, dia em que ocorreu o ataque liderado pelo Hamas a Israel.
O primeiro-ministro israelita chegou, esta terça-feira, ao tribunal para continuar o depoimento por alegada fraude e corrupção em curso.