NOW revela histórias dramáticas de palestinianos

| 29 de Julho de 2025 às 10:08
Samah Matar, 31 anos, deslocada palestiniana  mãe de seis filhos, fotografada na casa improvisada na escola al-Hashtal, norte da cidade de Gaza
Samah Matar, 31 anos, deslocada palestiniana mãe de seis filhos, fotografada na casa improvisada na escola al-Hashtal, norte da cidade de Gaza

Situação de emergência na Faixa de Gaza levou o NOW e o CM a produzir no terreno uma série de histórias sobre a sobrevivência dos palestinianos.

A fome matou 14 pessoas em Gaza nas últimas 24 horas. A informação oriunda do território palestiniano, garantem as organizações no terreno, pode pecar por defeito, uma vez que não há repórteres estrangeiros na Faixa de Gaza. O Correio da Manhã vai lançar uma série documental - ‘Viver e Morrer em Gaza’ - realizada a partir do território palestiniano.

O projeto, inicialmente produzido para o canal NOW — no qual será emitido a partir de sexta-feira —, será publicado nos sites daquele canal de televisão e do Correio da Manhã num agregador interativo.

“Viver e Morrer em Gaza“ é um projeto que pretende dar a conhecer histórias de quem sobrevive num território onde o bloqueio ao envio de ajuda alimentar e médica, entre outras, está a causar uma grave crise humanitária, situação que é, naturalmente, do interesse público”, explica Alfredo Leite, diretor-adjunto do Correio da Manhã e autor do projeto.

No terreno está Mahmoud A. Rehan, jornalista e produtor na cidade de Gaza, que realiza as histórias coordenadas com o autor. “Agradeço a todos que tornaram este projeto possível", diz Rehan, que lembra a dificuldade de “um jornalista faminto, como quase todos os palestinianos, a produzir histórias de fome”.

No arranque da série teremos a história de Samah Matar, mãe de seis filhos, de Mahmoud al-Najjar, um jovem quase cego que luta por comida numa cozinha comunitária, e ainda o pequeno Musaab Nahem, de 14 anos, que guarda na própria t-shirt a preciosa farinha recolhida com dificuldade e que alimentará a família.

“O recurso a este tipo de colaboração justifica-se dada a situação de fome severa que afeta os palestinianos e a recusa do Governo de Israel de permitir o acesso de jornalistas ocidentais a Gaza, com a alegação de falta de segurança, apesar dos vários pedidos feitos nesse sentido, nomeadamente por nós”, remata Alfredo Leite.