Despejos
Entre janeiro e maio foram emitidos quase 700 títulos de desocupação do locado, um aumento de 14% em relação ao mesmo período do ano de 2024.
Entre janeiro e maio deste ano, o número de despejos aumentou 14% em relação ao mesmo período do ano passado, como avançou o jornal "Público".
As associações e movimentos ativistas pelo direito à habitação têm vindo a alertar para estes casos. Dizem que as mudanças feitas em 2024, introduzidas pelo último governo socialista, vieram simplificar e acelerar os despejos.
Segundo o jornal "Público", deram entrada no balcão arrendatário e do senhorio nos primeiros cinco meses do ano mais de 1100 pedidos de procedimento especial de despejo. Este numero é mesmo uma diminuição de 6% em relação ao ano passado.
No entanto, este numero fica aquém dos despejos que efetivamente se concretizaram.
Entre janeiro e maio foram emitidos quase 700 títulos de desocupação do locado, um aumento de 14% em relação ao mesmo período do ano de 2024.
Mas milhares de casos podem escapar às estatísticas.
O distrito de Lisboa é o que tem mais casos de despejo reportados, um total de 282 títulos de desocupação de locado emitidos. No Porto, somam-se 108 títulos.
As razões que explicam este aumento dos despejos passa pelo incumprimento no pagamento de rendas e a recusa por parte dos inquilinos em deixar as casas quando os contratos chegam ao fim do seu termo sem que sejam renovados.
A Associação dos Inquilinos Lisbonenses confirma que tem havido um aumento significativo dos despejos por dificuldades com o pagamento da renda. Afirma que isso justifica os casos de criação de bairros de barracas na área metropolitana de Lisboa.
Alertam para uma situação dramática que se vive em Portugal, que está a ganhar uma dimensão muito assustadora.