Rio de Janeiro
O Supremo Tribunal Federal, Ministério Público e legisladores brasileiros pedem mais informações sobre a operação.
A polícia atualizou o número de mortos para pelo menos 132 na sequência da megaoperação no Rio de Janeiro, no Brasil, esta semana. Os moradores realizaram um protesto que percorreu a cidade a mostrar indignação. Falam num clima de "terror e tensão" perante o que parece ser o início de intensos conflitos.
Na manifestação, ergueram bandeiras do Brasil com manchas vermelhas, representando sangue. Note que o número de mortos na sequência da megaoperação da polícia brasileira tem aumentado a cada novo balanço.
Apesar de reconhecer as dificuldades do processo, a ONU pediu ao Brasil para quebrar o "ciclo de violência".
Entre os mortos, há quatro polícias. Heber Carvalho da Fonseca, de 39 anos, foi um deles. Foi atingido durante os confrontos, assim como o também sargento Cleiton Gonçalves, de 42 anos. Ambos foram transportados para o hospital, mas não resistiram aos ferimentos.
A mulher de Heber partilhou nas redes sociais as últimas mensagens que trocou com o marido. Entre perceber se estava tudo bem e dizer o quanto gostava do marido, houve uma mensagem que ficou sem resposta, que deu o alerta para o pior. Além da mulher, o polícia deixa uma filha.
O Supremo Tribunal Federal, Ministério Público e legisladores brasileiros pedem mais informações sobre a operação.
Já o Presidente Lula da Silva garante que vai continuar a lutar contra o crime organizado e defender os cidadãos.
A força policial foi reforçada e a nova estratégia passa pela criação de um escritório de emergência para enfrentar o crime organizado. Foi desenhado para fortalecer a cooperação e derrubar as barreiras burocráticas.
A operação policial de terça-feira foi uma das mais letais no Brasil nos últimos anos. Foi o culminar de uma investigação de mais de um ano.