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Nuno Severiano Teixeira diz que ainda não tinha existido uma perceção de ameaça à segurança tão vincada como atualmente

| 14 de Fevereiro de 2025 às 19:41
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Nuno Severiano Teixeira

"Não havia a guerra e, portanto, de uma forma que eu diria de displicência olímpica, os responsáveis diziam que a defesa era uma coisa secundária", menciona a propósito da proposta que Ursula von der Leyen fez na conferência de Munique.

Nuno Severiano Teixeira esteve presente no noticiário NOW às Sete, na tarde desta sexta-feira, e falou sobre a proposta que a Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, fez na conferência de Munique. O objetivo é que os países europeus possam ir além de um défice de 3% do PIB, desde que o valor seja canalizado para defesa.

"Esta é uma reivindicação antiga dos ministros da defesa, sobretudo de alguns países que gastavam muito mais do que isso, como é o caso da Grécia, que a certa altura chegou a gastar 4 ou 5% do seu PIB", diz inicialmente o especialista em relações internacionais. 

Nuno Severiano Teixeira menciona que dentro do setor esta era uma consciência que já era muito presente e garante que foram feitas várias iniciativas políticas, "no sentido de junto da comissão procurar essa aprovação".

Tal nunca tinha sido conseguido, na opinião do ex-ministro da Defesa e da Administração Interna, porque ainda não tinha existido a perceção de ameaça como há atualmente.

"Não havia a guerra e, portanto, de uma forma que eu diria de displicência olímpica, os responsáveis diziam que a defesa era uma coisa secundária", menciona.