Pedro Nuno Santos
Ainda assim, o secretário-geral do PS diz que todos sabiam que não iam viabilizaria uma moção de confiança.
O secretário-geral do Partido Socialista reagiu às palavras de Marcelo Rebelo de Sousa e garantiu que o PS não desejava estas eleições. Pedro Nuno Santos afirma que o partido deu todas as condições para que este Governo pudesse governar, mas sempre deixou claro que não viabilizaria uma moção de confiança.
"O PS não desejava estas eleições e desde o início que deu todas as condições ao Governo (...), mas no nosso entender uma moção de confiança pressupõe um grau de compromisso com a governação que o PS não queria ter", disse Pedro Nuno Santos em declarações aos jornalistas.
Recorde-se que o Presidente da república confirmou na noite desta quinta-feira, numa declaração ao país, a dissolução do Parlamento e as eleições para dia 18 de maio. Segundo Marcelo Rebelo de Sousa, a opinião foi unânime quer entre os partidos políticos, quer no Conselho de Estado.
"Não se pode ao mesmo tempo, confiar e desconfiar, ética e moralmente, de uma pessoa, neste caso do primeiro-ministro. Não havia meio caminho", disse aos jornalistas.
O Presidente da República esteve esta quinta-feira reunido com o Conselho de Estado, pelas 15h00 e para discutir a crise política e o cenário de eleições antecipadas, depois de o Executivo liderado por Luís Montenegro ter caído com o chumbo da moção de confiança no Parlamento.
O debate da moção de confiança desta terça-feira foi marcado por diversos momentos de tensão e de trocas de acusações.