
Um sismo de magnitude seis na escala de Richter abalou o país às 23h47 locais de domingo (20h17 em Lisboa) e foi seguido de pelo menos dois abalos de magnitude 5,2.
A Organização Internacional para as Migrações (OIM) avisou esta segunda-feira que os terramotos registados no domingo no Afeganistão vão agravar a crise que o país já enfrenta, lembrando que milhares de famílias ficaram sem abrigo.
“Os terramotos acrescentaram mais uma camada às crises sobrepostas no Afeganistão, devastando famílias que também enfrentavam a deslocação e as dificuldades económicas”, refere a organização que integra o sistema da ONU, num comunicado divulgado esta segunda-feira.
“Com o aproximar do inverno, os riscos são ainda maiores: milhares de famílias não têm agora abrigo seguro”, acrescentou a OIM.
Admitindo estar “profundamente consternada com o devastador terramoto que atingiu o leste do Afeganistão”, a OIM sublinhou que vai ser preciso ajuda humanitária urgente para os que ficaram sem abrigo.
Um sismo de magnitude seis na escala de Richter abalou o país às 23h47 locais de domingo (20h17 em Lisboa) e foi seguido de pelo menos dois abalos de magnitude 5,2.
Mais de 800 pessoas morreram e cerca de 2700 ficaram feridas, segundo as autoridades locais, mas o número de vítimas está a aumentar continuamente, adiantou a OIM.
“As equipas da OIM já estão no terreno nas áreas afetadas, trabalhando com os parceiros para realizar uma avaliação completa dos danos e fornecer abrigo de emergência, assistência médica e apoio de proteção às comunidades afetadas”, avançou a organização da ONU no mesmo comunicado.
“Esta tragédia acontece numa altura em que o Afeganistão já enfrenta imensas pressões”, sublinhou, referindo que mais de 1,7 milhões de afegãos regressaram do Irão e do Paquistão este ano, “muitos para comunidades que já enfrentavam dificuldades com recursos limitados”.
Expressando “sinceras condolências às famílias que perderam entes queridos”, a OIM apelou à comunidade internacional para que aumente, com urgência, o financiamento a ajuda humanitária ao Afeganistão “para evitar mais sofrimento e proteger milhões de pessoas em risco”.