ONU confirma oficialmente que há fome generalizada na Faixa de Gaza

| 22 de Agosto de 2025 às 13:39
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ONU confirma oficialmente que há fome generalizada na Faixa de Gaza

As previsões indicam que, até setembro, mais de 600 mil palestinianos vão atingir o nível máximo de subnutrição. Trata-se de quase um terço da população do enclave palestiniano.

A situação de fome generalizada na Faixa de Gaza foi oficialmente confirmada pela primeira vez. O mais recente relatório estima que mais de 500 mil pessoas na Cidade de Gaza e nas imediações são afetadas pela malnutrição e pela fome. A publicação do relatório acontece depois de meses de alertas sobre uma possível situação de fome generalizada, no território palestiniano.  

A fome mata e o cenário na Faixa de Gaza pintado pelo mais recente relatório é de catástrofe. As previsões indicam que, até setembro, mais de 600 mil palestinianos vão atingir o nível máximo de subnutrição. Trata-se de quase um terço da população do enclave palestiniano. 

Ao longo das 59 páginas, o relatório expõe dados que sustentam a conclusão de que a fome em Gaza é inteiramente causada pelo homem. As Nações Unidas apontam o dedo a Israel, que afirma que não existe fome em Gaza e insiste que o relatório é um instrumento de propaganda do Hamas. 

Através das redes sociais, o Ministério dos Negócios Estrangeiros Israelita denuncia os alegados falsos critérios utilizados para produzir acusações desleais contra o país. 

Mas a fome não é a única que mata em Gaza. Os ataques israelitas continuam e trazem o terror. Pelo menos 37 pessoas morreram durante as primeiras horas de sexta-feira. Uma família, com três filhos está entre as vítimas. Foi um bombardeamento na Cidade de Gaza que atingiu a tenda onde as vítimas se abrigavam. 

De acordo com uma notícia avançada pelo canal de notícias “Al Jazerra”, foram recentemente divulgados dados confidenciais da inteligência militar israelita. Os documentos revelam que 83% das pessoas mortas em Gaza eram civis. 

De acordo com Lorenzo Kamel, professor e investigador na universidade de Turim, em Itália, os dados revelados coincidem com um quadro de massacre indiscriminado na Faixa de Gaza.