Pedro Proença e Carlos Rodrigues Lima no NOW
O advogado Pedro Proença afirma estar convencido de que o resto da investigação será feita de forma pacífica.
O advogado Pedro Proença e o grande repórter NOW Carlos Rodrigues Lima explicaram, na manhã desta quarta-feira, como é que a Polícia Judiciária conseguiu avançar com a grande operação para apanhar os suspeitos que deixaram um motorista de autocarro gravemente ferido, durante os tumultos em Lisboa.
Segundo Pedro Proença, apesar de se tratar "claramente" de uma tentativa de homicídio, a recolha de provas "não é fácil".
"Estes cocktails Molotov, estes engenhos incendiários, terão sido arremessados com perfeito conhecimento dos seus autores de que ia na direção do motorista, que acabou por sofrer graves queimaduras. E, portanto, há aqui, na minha perspetiva, uma tentativa de homicídio evidente. Obviamente que estas operações são complexas e a recolha de prova não é fácil. Provavelmente há aqui recurso a testemunhas, provavelmente a imagens de videovigilância e envolverá, de certeza absoluta, buscas e apreensões em casa dos suspeitos", afirmou.
Carlos Rodrigues Lima acrescentou que a Polícia Judiciária conseguiu "apertar cada vez mais o perímetro" e chegar a um grupo de indivíduos, através de escutas telefónicas, vigilância aos suspeitos, audição de testemunhas e até com recolha de informação dos próprios telemóveis dos suspeitos, que conseguem indiciar a localização dos mesmos.
Pedro Proença sublinhou também que o resto da investigação será feita de forma pacífica por parte dos agentes.
"Estou convencido que as coisas serão feitas pacificamente, sem grande alarido. A Polícia Judiciária tem muita experiência neste tipo de situações e consegue, efetivamente, com muita descrição, efetuar estas operações", disse.