Operação Mãos Duras
Duas das vítimas foram sequestradas em Portugal, em finais de abril, e obrigadas, mediante ameaça e coação com arma de fogo, a viajar até ao local onde foram resgatadas.
Detidos em junho em Espanha no âmbito da Operação "Mãos Duras", um grupo de seis portugueses suspeito de tráfico de seres humanos foi já extraditado para Portugal.
Presentes já a primeiro interrogatório judicial no Tribunal de Castelo Branco, três dos arguidos ficaram em prisão preventiva.
Outro ficou em prisão domiciliária com pulseira eletrónica e os restantes dois estão sujeitos a apresentações periódicas nas autoridades e proibição de contacto com as vítimas.
O grupo de cariz familiar, composto por cinco homens e uma mulher, com idades entre os 22 e os 54 anos, recrutava em Portugal, há vários anos, pessoas fragilizadas, com carências económicas e em processos de exclusão social. Prometiam trabalho bem remunerado em Espanha, mas escravizavam os trabalhadores em várias explorações agrícolas no país vizinho.
Mantinham as vítimas controladas, a viver em condições deploráveis de habitabilidade e alimentação e sob constante ameaça e coação.
Para além disso, ficavam com a quase totalidade dos seus rendimentos.
A operação “Mãos Duras” foi desencadeada em Junho último em Logroño, Espanha, onde foram realizadas várias buscas domiciliárias e não domiciliárias, visando o desmantelamento do grupo suspeito de tráfico de pessoas para exploração laboral.
Duas das vítimas foram sequestradas em Portugal, em finais de abril, e obrigadas, mediante ameaça e coação com arma de fogo, a viajar até ao local onde foram resgatadas.
A operação foi desenvolvida pela Polícia Judiciária do Centro em articulação com o DIAP de Castelo Branco e a colaboração da Guardia Civil de Espanha.