Operação Safra Justa
Os militares funcionavam como uma espécie de seguranças privados, com o objetivo de controlar o trabalho e impedir que os imigrantes fugissem.
200 euros por dia era o valor que os dez militares da GNR e um agente da PSP recebiam para vigiar imigrantes escravizados em explorações agrícolas, um valor que duplicava aos fins de semana.
Entre os detidos está um oficial, no caso o tenente Rui Pinto, comandante do destacamento de intervenção da GNR de Beja, um sargento, elementos do núcleo de proteção ambiental, cabos e guardas, entre eles Carlos Dias, o militar que ficou conhecido por ter ficado sem nariz, arrancado à dentada numa intervenção de trânsito e que motivou uma onde de solidariedade nacional para o ajudar.
Já o agente da PSP, estava colocado no aeroporto de Beja, mas de baixa há um ano depois de alegadamente ter sido apanhado “a desviar embrulhos de aviões particulares”. Este agente é pai de um dos sócios da empresa de trabalho temporário que explorava os imigrantes, detidos há dois meses com dois quilos de droga em Beja.
Na Operação Safra Justa foram ainda detidos cinco civis, três portugueses e dois inorgânicos que cobravam.