Órban diz que garantias de segurança vão levar à divisão da Ucrânia

| 09 de Setembro de 2025 às 14:19
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Primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán

O chefe de Governo húngaro rejeitou uma possível adesão da Ucrânia à NATO e à UE, por considerar que iria provocar uma guerra com a Rússia.

O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, disse que as negociações sobre as garantias de segurança para a Ucrânia vão levar a que a Ucrânia seja dividida em três zonas. Orbán iniciou a época política de outono com um discurso anual numa aldeia, no centro da Hungria.

“Antes da guerra, a Ucrânia tinha uma situação muito clara. Existia como um Estado-tampão, em que 50% da influência era exercida pelos russos e 50% era exercida pelo Ocidente. Esta situação foi perturbada pela guerra. O resultado é a divisão da Ucrânia numa zona russa, uma zona desmilitarizada e, por fim, uma zona ocidental, cujos contornos e estatuto não podemos afirmar com certeza nesta fase”, explicou. 

Viktor Orbán voltou a rejeitar uma possível adesão da Ucrânia à NATO e à União Europeia, por considerar que tal iria provocar uma guerra com a Rússia e destruir a economia europeia. 

O chefe de Governo da Hungria defendeu mesmo que a Ucrânia assinasse um acordo com Moscovo, desistindo de integrar as organizações internacionais e cedendo território à Rússia. No entanto, Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, já disse recusar conceder território a Putin.