Médio Oriente
Espera-se que o bloqueio para a entrada de ajuda humanitária na Faixa de Gaza se aperte cada vez mais.
Os hospitais no norte de Gaza estão à beira do colapso. O alerta é da Organização Mundial de Saúde (OMS), dado esta quinta-feira.
O Hospital Al-Shifa, o maior complexo médico no enclave palestiniano, não é exceção.
"Claro que, como vocês podem ver, os números [de vítimas] são enormes e as pessoas estão nas camas, que não são suficientes para todos os pacientes. Somos obrigados a tratá-los no chão. As salas de cirurgia não são suficientes, há apenas três. Sim, temos longas filas de espera para feridos graves. Infelizmente, temos de fazer escolhas entre eles. Entre salvar vidas, crianças e idosos", diz o médico de emergência Ismail Ramadan.
Perante a situação, a OMS prevê que não haverá melhorias com o escalar da violência.
Espera-se que o bloqueio para a entrada de ajuda humanitária na Faixa de Gaza se aperte cada vez mais.
"O meu filho teve febre há 50 dias. Os médicos fizeram todos os exames necessários, mas infelizmente temos falta de recursos, pois neste momento não há aparelhos de ressonância magnética disponíveis no hospital ou em qualquer outro da Faixa de Gaza", revela Bissan Jamal Dardoneh, mãe de um menino doente no enclave.
Entretanto, a ofensiva israelita intensifica-se. Na madrugada de quinta-feira, um drone atingiu as imediações de um hospital na Cidade de Gaza.
Vários palestinianos ficaram feridos e mais de uma dezena morreu no ataque desta quinta-feira.
As forças militares de Israel avançam sobre a maior cidade do enclave palestiniano após a Organização das Nações Unidas (ONU) ter considerado que o país está a cometer genocídio na Faixa de Gaza.
No relatório publicado, os especialistas garantem que Israel tentou "aniquilar" a capacidade reprodutiva palestiniana.