“Ou o Governo não conhece a realidade, ou acha que aqueles que têm a vida muito difícil e muito carregada ainda têm de ser mais massacrados”, diz Paulo Raimundo

Inês Simões Gonçalves | 05 de Novembro de 2025 às 22:41
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Informação Privilegiada

Paulo Raimundo defendeu que as medidas do executivo de Luís Montenegro representam “um assalto aos direitos”.

O secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo esteve no programa Informação Privilegiada no NOW na noite desta quarta-feira e falou sobre o pacote laboral do Governo. 

Paulo Raimundo começou por afirmar que as medidas do executivo de Luís Montenegro representam “um assalto aos direitos” e que “quem quer concretizar esse assalto tem de o assumir”. 

O líder do PCP defendeu que o Governo “quer acrescentar mais precariedade àquela que já existe, eternizar os contratos a prazo — em particular para os jovens — e desregular os horários de trabalho”. 

“Temos quase dois milhões de trabalhadores em Portugal que têm horários desregulados. Trabalham fins-de-semana, feriados e turnos noturnos”, realçou. 

Paulo Raimundo salientou ainda a introdução do despedimento sem justa causa e o ataque ao direito à greve como medidas que transformam a sociedade. 

“Como é que se explica uma situação em que se quer eternizar os contratos a prazo e a precariedade? Como é que se quer alterar e desregular ainda mais os horários de trabalho? É uma coisa inconcebível”, lamentou.

Para o líder comunista, “só há duas hipóteses: ou [o Governo] não conhece a realidade, ou acha que aqueles que têm a vida muito difícil e muito carregada todos os dias ainda têm de ser mais massacrados”.