Informação Privilegiada
Paulo Raimundo defendeu que as medidas do executivo de Luís Montenegro representam “um assalto aos direitos”.
O secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo esteve no programa Informação Privilegiada no NOW na noite desta quarta-feira e falou sobre o pacote laboral do Governo.
Paulo Raimundo começou por afirmar que as medidas do executivo de Luís Montenegro representam “um assalto aos direitos” e que “quem quer concretizar esse assalto tem de o assumir”.
O líder do PCP defendeu que o Governo “quer acrescentar mais precariedade àquela que já existe, eternizar os contratos a prazo — em particular para os jovens — e desregular os horários de trabalho”.
“Temos quase dois milhões de trabalhadores em Portugal que têm horários desregulados. Trabalham fins-de-semana, feriados e turnos noturnos”, realçou.
Paulo Raimundo salientou ainda a introdução do despedimento sem justa causa e o ataque ao direito à greve como medidas que transformam a sociedade.
“Como é que se explica uma situação em que se quer eternizar os contratos a prazo e a precariedade? Como é que se quer alterar e desregular ainda mais os horários de trabalho? É uma coisa inconcebível”, lamentou.
Para o líder comunista, “só há duas hipóteses: ou [o Governo] não conhece a realidade, ou acha que aqueles que têm a vida muito difícil e muito carregada todos os dias ainda têm de ser mais massacrados”.