Parlamento da Venezuela aprova lei que unifica poderes perante "as ameaças" dos EUA

Lusa | 11 de Outubro de 2025 às 09:58
Parlamento da Venezuela aprova lei que unifica poderes perante 'as ameaças' dos EUA
Parlamento da Venezuela aprova lei que unifica poderes perante "as ameaças" dos EUA FOTO: LUSA_EPA

As tensões entre a Venezuela e os Estados Unidos aumentaram em agosto, depois de o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ter ordenado o envio de navios de guerra para as Caraíbas, para águas internacionais próximas do país sul-americano.

A Assembleia Nacional (AN, parlamento) venezuelana aprovou o Projeto de Lei dos Comandos para a Defesa na Íntegra da Venezuela, que tem como objetivo "integrar" o poder militar, policial e a sociedade perante "as ameaças" dos Estados Unidos.

"É uma proposta inteligente para enfrentar as ameaças e agressões contra a Pátria, para integrar de forma definitiva o poder militar, policial, as capacidades económicas e humanas do povo. A equidade e unidade assegura o comando e controlo de tarefas e objetivos em matéria de defesa na íntegra, a comunicação fluida", disse, na sexta-feira, o deputado Giuseppe Alessandrello ao apresentar o projeto de Lei.

O integrante da Comissão Permanente de Segurança e Defesa da Nação, explicou que a nova lei é o resultado de anos de reflexões profundas e ensaios.

"Na defesa da pátria não há bandos nem cores (...) assumamos a responsabilidade histórica, para que as futuras gerações saibam que não renunciamos ao nosso dever de paz. Esta é uma mensagem ao mundo, de que os venezuelanos estão unidos, como um só, em defesa da pátria", frisou.

As tensões entre a Venezuela e os Estados Unidos aumentaram em agosto, depois de o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ter ordenado o envio de navios de guerra para as Caraíbas, para águas internacionais próximas do país sul-americano, citando a luta contra os cartéis de droga da América Latina.

Os EUA acusam o Presidente venezuelano de liderar o Cartel dos Sois e recentemente aumentaram a recompensa por informações que levem à captura de Maduro para 50 milhões de dólares (cerca de 43 milhões de euros).

Maduro denunciou a presença militar norte-americana junto à costa venezuelana e negou qualquer ligação com o tráfico de droga.