Passos Coelho à saída do tribunal: "Não me sinto responsável pelo que se passou no BES"

| 11 de Fevereiro de 2025 às 15:23
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Pedro Passos Coelho

Questionado sobre a nacionalização do BES, Pedro Passos Coelho apontou que era algo fora de questão, por causar uma "fatura pesadíssima para os contribuintes".

Pedro Passos Coelho recusa ter tido responsabilidades na queda do Banco Espírito Santo, enquanto liderou o executivo português, dizendo que sempre agiu pelo bem do interesse público. As palavras do antigo primeiro-ministro foram proferidas esta terça-feira, depois de ter voltado a tribunal para prestar esclarecimentos como testemunha no âmbito do processo BES e GES.

"Creio que agi de acordo com a interpretação que fiz, que era do interesse coletivo, do Estado e nacional", disse, considerando ainda assim que "houve responsabilidades" que têm "de ser apuradas".

"Espero que haja a possibilidade de as identificar", reiterou . 

Questionado sobre a nacionalização do BES, Pedro Passos Coelho apontou que era algo fora de questão, por causar uma "fatura pesadíssima para os contribuintes".

"A nacionalização tinha sido uma decisão tomada anos antes pelo Governo que me antecedeu. O BPN era uma banqueta, era um banco pequenino. A nacionalização do BPN ainda hoje custa biliões de euros ao Estado português. Agora imagine uma coisa com a dimensão do BES", defendeu.

Recorde-se que Pedro Passos Coelho era chefe do Governo quando o Banco Espírito Santo caiu. Foi ouvido esta terça-feira em tribunal como testemunha numa sessão que começou pelas 10 horas da manhã.