Paulo Raimundo
O dirigente do PCP acrescentou que o Governo decidiu avançar com um pacote laboral que vem "diretamente dos gabinetes dos grupos económicos".
O secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, criticou esta quarta-feira a descida do IRC e avisou Luís Montenegro que as alterações à legislação do trabalho são uma "declaração de guerra a quem trabalha".
No debate quinzenal com o primeiro-ministro, no Parlamento, Paulo Raimundo afirmou que o pacote laboral do Executivo é "inaceitável" e que vai mesmo ser "derrotado".
"E, quando a vida da maioria está mais apertada, o que é que decide PSD, CDS, Chega e Iniciativa Liberal? Decidem, nada mais, nada menos, do que baixar os impostos para os grupos económicos”, acusou.
O dirigente do PCP acrescentou que o Governo decidiu avançar com um pacote laboral que vem "diretamente dos gabinetes dos grupos económicos".
"Acha que é possível os trabalhadores continuarem a aceitar ainda mais compressão dos seus salários e ainda mais desregulação como se ela fosse pouca dos seus horários? Acha que os trabalhadores vão aceitar os despedimentos sem justa causa e os ataques aos direitos das mães, dos pais e dos seus filhos?", questionou novamente Paulo Raimundo, dirigindo-se ao primeiro-ministro.
Paulo Raimundo continuou por questionar Luís Montenegro: "quantas creches e quantas casas ficam por construir? Quantos professores, médicos e enfermeiros ficam por contratar?", perguntou.