PCP defende que encerramento da neonatalogia no Dona Estefânia vai “reduzir a capacidade do SNS”
A líder parlamentar do partido recordou que o encerramento das urgências de ginecologia e de obstetrícia ameaça o direito à saúde dos utentes.
A líder parlamentar do PCP, Paula Santos, defendeu esta quinta-feira, no debate do Orçamento do Estado na especialidade, que a reorganização da unidade de neonatalogia do Hospital Dona Estefânia vai “reduzir a capacidade” do SNS.
Paula Santos recordou que o encerramento das urgências de ginecologia e de obstetrícia ameaça o direito à saúde dos utentes.
“O Governo recusa-se a fazer aquilo que é necessário para salvar o SNS e para garantir os cuidados de saúde que os utentes têm direito. Recusa valorizar as carreiras, os salários, as condições de trabalho destes profissionais de saúde”, criticou.
Recorde-se que o responsável pela neonatologia da Unidade Local de Saúde de São José confirmou que vai encerrar um dos dois polos de neonatalogia. O serviço, que dá resposta a bebés prematuros, funciona no Hospital Dona Estefânia e na Maternidade Alfredo da Costa. A possibilidade de juntar os dois já existentes está a ser avaliada.
O debate do Orçamento do Estado para 2026 na especialidade começou esta quinta-feira. A discussão na Assembleia da República vai durar cinco dias, com uma pausa para as celebrações do 25 de Novembro. O encerramento do debate e a votação final ficam marcados para 27 de novembro.
Este ano, os partidos bateram recordes e entregaram 2176 propostas de alteração ao orçamento. O PSD/CDS-PP entregou 57 propostas, o Chega entregou 614, o PS 117, a Iniciativa Liberal 112, o Livre 330, o PCP 532, o BE 182, o PAN 180 e o JPP 50.