PCP diz que houve "várias cartas escondidas" no programa do Governo e Chega diz que documento é "insuficiente em soluções"

Joana Ramalho | 16 de Junho de 2025 às 22:15
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Frente a Frente

Frente a Frente no NOW, António Filipe criticou a proposta de limitação do direito dos trabalhadores à greve e Filipe Melo diz que programa da AD é "uma continuidade" da legislatura anterior.

Filipe Melo (Chega) e António Filipe (PCP) estiveram Frente a Frente no NOW esta segunda-feira e falaram sobre o programa do Governo de Luís Montenegro, que foi entregue no sábado na Assembleia da República, pelo ministro dos Assuntos Parlamentares, Carlos Abreu Amorim, e que será discutido nos próximos dois dias.

"É um programa que nos parece parco em medidas, insuficiente em soluções", começou por considerar Filipe Melo, acrescentando que o executivo de Luís Montenegro "promete muito e faz pouco".

"É uma continuidade do programa da legislatura anterior. Se nós dizíamos que o anterior governo não servia para governar com aquele programa, dizemos o mesmo em relação a este", vincou Filipe Melo.

O deputado do Chega continuou por dizer que o partido defende uma "tomada de posição deste governo em matérias fundamentais" para Portugal, como a "segurança e imigração".

"No anterior programa, havia muitas destas medidas, só que não saíram do papel, não foram executadas. E por isso é que nós fizemos esta oposição mais vivente, para que o Governo tire as medidas do papel e as coloque em prática", defendeu.

António Filipe continuou por afirmar que houve "várias cartas escondidas" no programa do Governo da AD, acusando o PSD e CDS de esconderem medidas no programa eleitoral.

"Não vimos no programa eleitoral do PSD, designadamente o que se refere à legislação laboral, a proposta que agora surge no programa do governo de limitação do direito dos trabalhadores à greve", vincou.

Em relação ao pagamento dos subsídios de férias e de natal em duodécimos proposto pelo Governo, António Filipe afirmou que, se os trabalhadores aceitarem a medida, "é evidente que os aumentos salariais ficarão a perder".