Frente a Frente
Frente a Frente no NOW, João Ferreira afirmou que a moção de censura avançada pelo seu partido revela a falta de confiança no Governo de Luís Montenegro. Já Mariana Leitão defendeu que o PCP devia ter aguardado.
João Ferreira (PCP) e Mariana Leitão (IL) estiveram Frente a Frente no NOW esta segunda-feira e defenderam que o primeiro-ministro, Luís Montenegro, não apresentou nenhuma moção de confiança na sua declaração ao país, que decorreu no último sábado à noite.
"O primeiro-ministro, no sábado à noite, não apresentou nem anunciou nenhuma moção de confiança. Ele desafiou os partidos da Assembleia da República a manifestarem ou não a sua confiança", começou por dizer João Ferreira.
O deputado do PCP acrescentou que a "primeira e fundamental" razão pela moção de censura a pedido do PCP é a falta de resposta aos problemas do país.
"Ela [ação do Governo] não só não resolve os problemas que o país tem e que está a sentir, como se constitui como um fator de agravamento desses problemas: da saúde, da situação na educação, em várias frentes da intervenção do Estado e na habitação", salientou.
João Ferreira defendeu ainda que o instrumento que os partidos têm para manifestar a "ausência" de confiança no Governo é a moção de censura, justificando assim a decisão do PCP.
Já Mariana Leitão afirmou que o primeiro-ministro quer pôr a responsabilidade "em cima dos partidos da oposição", no que diz respeito à "crise" que o Governo enfrenta.
"O primeiro-ministro teve várias oportunidades para explicar tudo e mais alguma coisa e para resolver esta situação. Eventualmente, ficaria com uma mancha, sim, mas resolveria a situação. Acabava com a parte da consultoria daquela empresa", sublinhou a líder parlamentar da IL.
Mariana Leitão criticou ainda Luís Montenegro por ainda não ter entendido que "não pode acumular as funções de primeiro-ministro com esta situação" e que estar "a receber avenças de clientes que dependem diretamente de decisões do Estado".