Frente a Frente
Joana Mortágua e Pedro Frazão estiveram Frente a Frente no NOW.
Esta quinta-feira, Joana Mortágua, do Bloco de Esquerda, e Pedro Frazão, do Chega, estiveram Frente a Frente no NOW para discutir a recente afirmação do Chega de ser a segunda força política em Portugal.
Joana Mortágua afirmou que existe uma diferença entre ser a segunda força política — uma questão aritmética relacionada com o número de votos e deputados — e ser o principal partido da oposição. A deputada realçou que esta distinção é importante, mesmo que o número de mandatos possa estar desequilibrado em relação a outros partidos.
“Há aqui pequenos detalhes sobre os quais estou muito curiosa”, acrescentou, questionando se o Chega irá abandonar a comissão de inquérito aos casos de Pino Viva e Luís Montenegro. Referiu ainda que, segundo o que foi ouvido de André Ventura, a postura do PS mantém-se semelhante.
Por seu lado, Pedro Frazão considerou a análise de Joana Mortágua “lunática”, apontando que tal opinião provém de quem disse que “a democracia era tão bonita que podíamos ter uma primeira-ministra chamada Mariana Mortágua”. Frazão destacou que a democracia, de facto, é muito bonita e que dela resultou o Chega como líder da oposição.
O deputado frisou ainda que foi o próprio Partido Socialista que, na dinâmica parlamentar, reconheceu que o que importa é o número de mandatos, que é um dado objetivo. “E o número de mandatos é totalmente objetivo: o Chega tem 60 mandatos”, concluiu.