Contatacto pelo NOW, o gabinete de Pedro Nuno Santos confirmou que o líder do PS “foi ouvido no âmbito da denúncia enviada ao Ministério Público pelo ministério das Finanças e ministério das Infraestruturas e Habitação, pasta que tutelava à data”.
Pedro Nuno Santos foi chamado ao Ministério Público para prestar declarações no processo que investiga suspeitas de crimes na privatização da TAP, em 2015. A audição do secretário-geral do PS decorreu, discretamente, no Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP), dez dias após as eleições Legislativas de 10 de março.
Segundo informações recolhidas pelo CM, o secretário-geral do PS foi ouvido pela procuradora Rita Madeira (a mesma que tem nas mãos o processo de António Costa que nasceu da Operação Influencer), encarregue da investigação ao chamado “negócio Airbus”, denunciado pelo próprio Pedro Nuno Santos e por Fernando Medina (antigos ministros das Infraestruturas e Finanças, respetivamente) ao Ministério Público.
Ambos, recorde-se, enviaram para o MP o resultado de uma auditoria, a qual terá encontrado indícios de crime no negócio levado a cabo pelo empresário David Neeleman, após a privatização da companhia aérea. Em resumo, o consórcio liderado por Neeleman terá capitalizado a companhia com um empréstimo do fabricante Airbus, garantido pela própria TAP.
A audição de Pedro Nuno Santos decorreu durante a manhã de 21 de março. A procuradora do DCIAP terá procurado obter mais elementos, além dos que foram enviados para o Ministério Público, em outubro de 2022. Porém, segundo informações recolhidas pelo CM, o depoimento do líder do PS não só foi pouco esclarecedor, como também terá até descredibilizado a própria auditoria feita pela TAP, dizendo que apenas terá pretendido utilizar o documento na sua vertente económica, isto é, na negociação com David Neeleman, a qual culminou, em 2016, com a saída do empresário da companha aérea por 55 milhões de euros.
Contatacto pelo NOW, o gabinete de Pedro Nuno Santos confirmou que o líder do PS “foi ouvido no âmbito da denúncia enviada ao Ministério Público pelo ministério das Finanças e ministério das Infraestruturas e Habitação, pasta que tutelava à data”.