Piloto do helicóptero que caiu no Douro e matou cinco GNR foi constituído arguido

Carlos Rodrigues Lima | 10 de Julho de 2025 às 11:51
Resgate de destroços de helicóptero com grua, junto ao rio Douro
Resgate de destroços de helicóptero com grua, junto ao rio Douro FOTO: Ricardo Cabral

Luís Rebelo é suspeito do crime de condução perigosa da aeronave e homicídio negligente, que terá provocado a morte dos cinco militares.

O piloto do helicóptero que, em agosto de 2024, caiu no rio Douro, matando cinco militares da GNR, foi constituído arguido e suspenso de funções.

Segundo informações recolhidas, Luís Rebelo é suspeito de homicídio negligente e de um crime de condução perigosa da aeronave, o qual terá provocado a morte dos cinco homens da GNR.

A 30 de agosto, um helicóptero de combate a incêndios florestais caiu no rio Douro próximo da localidade de Samodães, em Lamego, tendo provocado a morte aos cinco militares da GNR, com idades entre os 29 e os 45 anos. O piloto da aeronave foi resgatado com vida, apenas com ferimentos ligeiros.

A equipa helitransportada regressava ao Centro de Meios Aéreos (CMA) de Armamar, onde estava sediada, vindos de um fogo no concelho de Baião.

Leia o comunicado da PJ na íntegra:

“A Polícia Judiciária, em inquérito dirigido pelo Ministério Público – DIAP Regional de Coimbra, levou a cabo, no passado dia 27 de junho, uma operação, na localidade de Vila Real, para apurar as concretas circunstâncias em que ocorreu a queda de um helicóptero no Rio Douro, na localidade de Cambres, em Lamego, a 30 de agosto de 2024, e que vitimou cinco militares da GNR.

No âmbito da investigação, conduzida pelo Departamento de Investigação Criminal de Vila Real, foram realizadas buscas domiciliárias e não domiciliárias e apreendido diverso material probatório.

O piloto da aeronave, de 46 anos, entretanto constituído arguido, está indiciado pelos crimes de condução perigosa de meio de transporte por ar, água ou caminho de ferro e homicídio negligente.

Sujeito a primeiro interrogatório judicial foram-lhe aplicadas as medidas de coação de suspensão do exercício de funções e proibição de contactos com as testemunhas do inquérito.

A investigação prossegue com a colaboração da Unidade de Emergência de Proteção e Socorro da GNR, Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, Força Aérea e Autoridade Nacional de Aviação Civil.”