PJ já sinalizou 60 imigrantes escravizados pela rede de tráfico humano em Beja

| 15 de Dezembro de 2025 às 21:45
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Beja

Estas pessoas, originárias de Timor-Leste, viviam em condições desumanas com a promessa de rendimento de 32 euros por dia.

Quando chegaram em setembro, um casal de timorenses, rumaram a Baleizão, em Beja, à procura de trabalho.

Ficaram alojados com outros imigrantes numa casa com três divisões, usadas como quartos, uma casa de banho e uma cozinha, na qual viviam 16 pessoas.

Estavam alojados numa habitação com condições precárias, não tinham água quente, nem camas, dormiam no chão com um simples colchão.

Há cerca de 100 imigrantes originários de Timor-Leste que foram capturados por esta rede de auxílio à imigração ilegal e tráfico de seres humanos.

Destes, cerca de 60 já foram sinalizados pela PJ como vítimas.

Apesar da juíza Sofia Marinho Pires ter libertado dez militares da GNR e o agente da PSP suspeitos de integrarem a rede, a magistrada deu como fortemente indiciado o crime de auxílio à imigração ilegal e suficientemente indiciado o de tráfico de pessoas.

Sofia Marinho Pires considerou que os trabalhadores eram recrutados com a promessa de contratos de trabalho, onde não eram entregues os valores prometidos a título de salário.

Os imigrantes foram atraídos até à localidade de Cabeça Gorda com a promessa de rendimento de 32 euros por dia.

A investigação da unidade nacional contraterrorismo da PJ detetou ainda situações de inscrições em massa de timorenses ilegais no portal da Agência para a Integração, Migrações e Asilo para a manifestação de interesses.