PJ
De acordo com dados a que o NOW teve acesso, em 2024, houve um total de 453 processos de extradição envolvendo Portugal e a PJ.
Os casos mais recentes aconteceram em Vila Real e em Braga. Uma mulher brasileira, condenada no país natal a seis anos de prisão por tráfico de droga, foi detida pela Polícia Judiciária (PJ). Um português, suspeito de pornografia de menores, fugiu para Espanha e foi apanhado depois de instalar câmaras de filmar num quarto em Braga.
Estes casos são apenas dois exemplos entre centenas.
Desde o início de 2024, já se registaram 827 processos de extradição. A maior parte relacionada com crimes violentos como homicídios, violações e tráfico de droga.
De acordo com dados a que o NOW teve acesso, em 2024, houve um total de 453 processos de extradição envolvendo Portugal e a PJ.
Cerca de 68 foram pedidos ativos da justiça portuguesa, através da Interpol, e 175 seguiram por mandados de detenção europeus.
No mesmo período, foram detidos em Portugal 128 criminosos procurados por países fora da União Europeia e 82 por países comunitários.
No total, desde janeiro até meados de agosto, já foram detidas 374 pessoas para extradição.
Destas, 125 já foram entregues sob custódia às autoridades competentes. As restantes aguardam decisão judicial.
Comparando com as décadas de 80 e 90, quando predominavam casos de terrorismo e máfias internacionais, hoje o paradigma é diferente. a grande maioria das extradições está ligada ao tráfico de droga.
Só este ano, 36 cidadãos brasileiros foram detidos em Portugal por crimes cometidos no país natal, incluindo ligações a redes de tráfico e lavagem de dinheiro.