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As tabelas de retenção de setembro e outubro vão permitir uma maior poupança.
Os trabalhadores vão sentir um aumento nos seus rendimentos já nos meses de setembro e outubro. Isto acontece porque as tabelas de IRS publicadas no final de agosto comportam uma redução no valor pago mensalmente de IRS, como forma de compensar os contribuintes pelo valor do imposto retido em excesso.
As tabelas têm dois modelos de taxas. O que será aplicado nos mês de setembro e outubro pretende compensar os trabalhadores pelo imposto retido a mais entre janeiro e agosto. Daqui poderá resultar que grande parte dos trabalhadores e pensionistas não retenham na fonte qualquer valor em setembro e outubro.
No segundo modelo, a aplicar de novembro em diante, os trabalhadores também sentirão alguma diferença nos valores retidos quando comparado com os restantes meses do ano, embora com menor expressão no bolo familiar das famílias.
Vamos a exemplos concretos. Uma família de quatro elementos, um casal e dois dependentes, com um rendimento mensal bruto de 2000€ vão sentir um aumento de 80€ em setembro e em outubro e de 14€ nos últimos dois meses do ano.
Já se o rendimento mensal bruto desta família for de 3000€ falamos de um aumento total de 724€. Trezentos e vinte euros agora, o mesmo valor em outubro e 28€ nos meses de novembro e dezembro.
Caso o agregado familiar diga respeito a um pensionista com um rendimento mensal bruto de 1000€, o aumento total será de 119€.
Os valores a acrescer aos rendimentos mensais das famílias portuguesas são proporcionais aos salários auferidos e podem chegar aos 612€ nos meses de setembro e outubro.
As entidades empregadoras, quer sejam públicas ou privadas, que não consigam já refletir as novas tabelas de IRS de retenção na fonte devem fazê-lo nos meses seguintes até ao final do ano com a devida compensação pelo atraso.