A cimeira será copresidida pelo Presidente da Colômbia, Gustavo Petro, e pelo presidente do Conselho Europeu, António Costa, e decorre em Santa Marta, situada na costa caribenha do país - a mais de 700 km da capital Bogotá -, e que celebra 500 anos da sua fundação.
O primeiro-ministro português participa hoje na 4.ª Cimeira entre a União Europeia e a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC) em Santa Marta (Colômbia), que visa reforçar a cooperação entre os dois blocos.
Luís Montenegro esteve nos últimos dias em Belém, no Brasil, na cimeira de líderes da conferência da ONU do Clima, a COP 30, de onde partiu no sábado para a Colômbia, onde assistiu ao final do dia ao ato inaugural da reunião, marcada por várias ausências, como a da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, do chanceler alemão, Friedrich Merz, ou do Presidente francês, Emmanuel Macron.
A cimeira será copresidida pelo Presidente da Colômbia, Gustavo Petro, e pelo presidente do Conselho Europeu, António Costa, e decorre em Santa Marta, situada na costa caribenha do país - a mais de 700 km da capital Bogotá -, e que celebra 500 anos da sua fundação.
Em substituição de von der Leyen, estará a alta representante da UE para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança, Kaja Kallas.
A cimeira arranca com a foto oficial dos chefes de Estado e de Governo presentes e com um momento cultural, com a sessão de abertura marcada para as 10:00 (15:00 em Lisboa), com uma ronda de intervenções iniciais do Presidente da Colômbia e do presidente do Conselho Europeu, bem como do Presidente do Uruguai e do primeiro-ministro da Jamaica.
Ao longo do dia, decorrerá a sessão plenária da cimeira, com intervenções dos chefes de Estado e de Governo dos países representados, estando previsto, no final, um encontro de Luís Montenegro com a imprensa portuguesa.
No segundo e último dia da cimeira UE-CELAC, na segunda-feira, haverá uma conferência de imprensa final por parte do Presidente da Colômbia e do presidente do Conselho Europeu.
A cimeira decorre num contexto de tensões diplomáticas crescentes entre Bogotá, Venezuela e Washington, depois de os Estados Unidos terem afundado nos últimos meses várias embarcações no Caribe e Pacífico, alegadamente envolvidas em tráfico de droga, causando mais de 60 mortes.
Com mais de mil milhões de pessoas, os 33 países da CELAC e os 27 Estados-membros da UE representam, em conjunto, 14% da população mundial, 21% do PIB mundial e um terço dos membros da ONU.
Fonte do Governo português considera que o encontro “será essencial no reforço das relações da União Europeia com a América Latina e as Caraíbas, quer no plano político, quer na dimensão económica”.
“Portugal olha para a parceria UE-CELAC como uma aliança estratégica de enorme potencial económico e comercial, mas também de valores partilhados: da democracia, dos direitos humanos, da justiça social, da sustentabilidade ambiental e da abertura ao mundo”, refere a mesma fonte.
No plano económico, o primeiro-ministro português tem defendido uma rápida implementação do acordo entre a União Europeia e o Mercosul (Mercado Comum do Sul), numa altura em que há notícias de que a sua aprovação pelo Conselho Europeu poderá estar para breve.
Em Belém, Luís Montenegro, após uma reunião bilateral com o chefe de Estado brasileiro, Lula da Silva, mostrou-se esperançoso de que este acordo comercial comece a ser implementado “de uma vez por todas” em dezembro.
O Governo português tem defendido também a importância de outras iniciativas como a “Global Gateway”, em que o país tem participado na Costa Rica ou no Brasil.
A iniciativa “Global Gateway” (Portal Global) é a estratégia da UE para impulsionar ligações inteligentes, limpas e seguras nos setores digital, da energia e dos transportes, e para reforçar os sistemas de saúde, educação e investigação em todo o mundo, tendo mobilizado, entre 2021 e 2024, mais de 306 mil milhões de euros em investimentos.
Para 2025, a UE destinou cerca de 120 milhões de euros em ajuda humanitária para países da América Latina e do Caribe.