Privatização da TAP: PS diz que foi feita "sem legitimidade política" e PSD garante que é uma proposta "perfeitamente favorável"

Joana Ramalho | 19 de Novembro de 2025 às 19:29
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Fernte a Frente

Frente a Frente no NOW, Mariana Vieira da Silva sustentou que em 2020, altura da pandemia da Covid-19 sob a liderança do governo socialista de António Costa, "praticamente nenhum avião andava" e o Estado "resolveu, e bem, proteger" a empresa.

Mariana Vieira da Silva (PS) e André Coelho Lima (PSD) estiveram esta quarta-feira Frente a Frente no NOW e falaram sobre as buscas da Polícia Judiciária na TAP que, segundo informações recolhidas pelo NOW, ocorrem no âmbito de uma investigação referente ao processo de privatização da empresa em 2015.

"A privatização foi feita sem legitimidade política para o fazer, uma vez que por alguma razão os governos ficam em gestão. E foi feita dando garantias ao privado e apoiando-o na capitalização da TAP", começou por dizer a socialista, referindo-se ao processo de privatização da empresa portuguesa por parte do Governo de Luís Montenegro.

Assim, Mariana Vieira da Silva sustentou que em 2020, altura da pandemia da Covid-19 sob a liderança do governo socialista de António Costa, "praticamente nenhum avião andava" e o Estado "resolveu, e bem, proteger" a empresa.

Em resposta, André Coelho Lima afirmou que é "perfeitamente favorável" à privatização da TAP, pois "há determinados tipos de rotas que são de interesse nacional", que se devem continuar a fazer "independentemente" de serem ou não lucrativas.

"O Estado, seja pela via da detenção de ações seja através do que se faz por exemplo nas viagens para a Madeira e para os Açores, ou seja do subsídio de determinadas rotas, faz sentido [privatizar a TAP]", disse.

De seguida, a deputada socialista defendeu que todas as informações que surgiram com as buscas na TAP "era conhecido" nas Comissões Parlamentares de Inquérito.

"Como é que demoramos dez anos a chegar aqui?", questionou a socialista.

De seguida, André Coelho Lima referiu que, apesar "do argumento da pandemia", que também "aconteceu no resto o mundo", Portugal "é a exceção" no que diz respeito a "renacionalizações".